Minha forma de estar no mundo.
Deformada, desregrada,
Só não, desarmada.
Identidade mafiosa de quem não quer uma só.
Lutando guerras necessárias em decorrência das escolhas.
Compactuo com a rebeldia de não calar dentro de mim o meu barulho.
Porém disposta a pacificar por ti.
Lentes e filtros, para escoar uma dose de supérfluo.
Mãos e abraços, para acolher uma dose de mazelas.
Boca e tato, para dizer que não suporto mais.
Amor recíproco e infeliz, sôa pior.
Aliás, é o único que não comparece na mesa do bar.
Mando a conta do analista quem sabe um dia, quando tiver a intenção menos clichê de saber quem sou.
Eu de mim, eu pra ti, eu pro mundo.
Pra cada um tem um jeito, um trejeito, uma história.
Um, não agrada o outro, o que torna difícil um encontro casual.
Não é receita de bolo, muito menos de essência.
O ente não é mais nem menos só porque tem o seu lugar.
Cativa, disse a raposa, mas a distorção é tão grande, que é difícil acompanhar.
Pontuo, se eu prosseguir vou mentir.
Vou falar do que não sei, pra embelezar a dor com rimas;
Vai parecer faceta, e dessas, eu e tu, já não suportamos mais.
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