segunda-feira, 21 de março de 2011

O Eu de mim pra ti.

Minha forma de estar no mundo.
Deformada, desregrada,
Só não, desarmada.

Identidade mafiosa de quem não quer uma só.
Lutando guerras necessárias em decorrência das escolhas.
Compactuo com a rebeldia de não calar dentro de mim o meu barulho.
Porém disposta a pacificar por ti.

Lentes e filtros, para escoar uma dose de supérfluo.
Mãos e abraços, para acolher uma dose de mazelas.
Boca e tato, para dizer que não suporto mais.

Amor recíproco e infeliz, sôa pior.
Aliás, é o único que não comparece na mesa do bar.
Mando a conta do analista quem sabe um dia, quando tiver a intenção menos clichê de saber quem sou.
Eu de mim, eu pra ti, eu pro mundo.
Pra cada um tem um jeito, um trejeito, uma história.
Um, não agrada o outro, o que torna difícil  um encontro casual.

Não é receita de bolo, muito menos de essência.
O ente não é mais nem menos só porque tem o seu lugar.
Cativa, disse a raposa, mas a distorção é tão grande, que é difícil acompanhar.
Pontuo, se eu prosseguir vou mentir.
Vou falar do que não sei, pra embelezar a dor com rimas;
Vai parecer faceta, e dessas, eu e tu, já não suportamos mais.

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