Minha forma de estar no mundo.
Deformada, desregrada,
Só não, desarmada.
Identidade mafiosa de quem não quer uma só.
Lutando guerras necessárias em decorrência das escolhas.
Compactuo com a rebeldia de não calar dentro de mim o meu barulho.
Porém disposta a pacificar por ti.
Lentes e filtros, para escoar uma dose de supérfluo.
Mãos e abraços, para acolher uma dose de mazelas.
Boca e tato, para dizer que não suporto mais.
Amor recíproco e infeliz, sôa pior.
Aliás, é o único que não comparece na mesa do bar.
Mando a conta do analista quem sabe um dia, quando tiver a intenção menos clichê de saber quem sou.
Eu de mim, eu pra ti, eu pro mundo.
Pra cada um tem um jeito, um trejeito, uma história.
Um, não agrada o outro, o que torna difícil um encontro casual.
Não é receita de bolo, muito menos de essência.
O ente não é mais nem menos só porque tem o seu lugar.
Cativa, disse a raposa, mas a distorção é tão grande, que é difícil acompanhar.
Pontuo, se eu prosseguir vou mentir.
Vou falar do que não sei, pra embelezar a dor com rimas;
Vai parecer faceta, e dessas, eu e tu, já não suportamos mais.
segunda-feira, 21 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
O Outro.
Busco.
Olhar para a tua dor, é esquecer da minha.
Cuidar-te é colocar bandagens em feridas, abertas pela minha história.
Amar-te, é correr na contra mão do riso, é perpetuar em ti as minhas asas protetoras.
Julgar-te, é repreender tudo aquilo que me irrita, me provoca, que de mim faço igual.
Guiar-te, é secretamente te levar para o meu final feliz, aquele que provavelmente chorei ao final.
Unir-te, é dialogar com o vazio que não se preenche com comida, mas se completa na extensão da tua dor.
Repreender-te, é evitar o genuíno abismo, mas dessa vez, não é o seu.
Ouvir-te, é pinçar em meio as palpitações,as que insistem em chamar a minha atenção, que sim, fazem sentido.
Tudo o que posso tentar por ti, é ineficaz.
Tudo o que posso querer pra ti, não se válida.
É meu, tudo meu, sempre foi meu.
Te acompanho, até a próxima parada, de lá, quem vai saber?
Eu é que não sou.
Olhar para a tua dor, é esquecer da minha.
Cuidar-te é colocar bandagens em feridas, abertas pela minha história.
Amar-te, é correr na contra mão do riso, é perpetuar em ti as minhas asas protetoras.
Julgar-te, é repreender tudo aquilo que me irrita, me provoca, que de mim faço igual.
Guiar-te, é secretamente te levar para o meu final feliz, aquele que provavelmente chorei ao final.
Unir-te, é dialogar com o vazio que não se preenche com comida, mas se completa na extensão da tua dor.
Repreender-te, é evitar o genuíno abismo, mas dessa vez, não é o seu.
Ouvir-te, é pinçar em meio as palpitações,as que insistem em chamar a minha atenção, que sim, fazem sentido.
Tudo o que posso tentar por ti, é ineficaz.
Tudo o que posso querer pra ti, não se válida.
É meu, tudo meu, sempre foi meu.
Te acompanho, até a próxima parada, de lá, quem vai saber?
Eu é que não sou.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Sufocado.
A dualidade que brota em ti, me espanta, me encanta, me arrebata.
O pouco que sei, vira muito, vira tudo, tudo ou nada.
A linha, como a do equador, que divide o meu do teu.
Pulo dentro, dentro e fora, do calor que vem de dentro.
Me enfeito, te ajeito, me desarmo, te desejo.
Como feito uma criança, te dou o que sinto, sem barganhar.
Ouço o vento, ouço a vida, que recriminam a falta de tato.
Faço rimas, des-rimadas, é dificil traduzir;
Me sinto fora, do que é comum, e vejo olhos me observando e não são os teus.
Me avaliam, te afastam, nos julgam.
O que importa, o que somos, se ainda seremos o que podemos ser.
Temo pelo o que sei, mas quero que me digas o resto.
Liberta, vai, liberta o meu amor.
Liberta, mas não pense em dizer não, quando eu chamar.
O pouco que sei, vira muito, vira tudo, tudo ou nada.
A linha, como a do equador, que divide o meu do teu.
Pulo dentro, dentro e fora, do calor que vem de dentro.
Me enfeito, te ajeito, me desarmo, te desejo.
Como feito uma criança, te dou o que sinto, sem barganhar.
Ouço o vento, ouço a vida, que recriminam a falta de tato.
Faço rimas, des-rimadas, é dificil traduzir;
Me sinto fora, do que é comum, e vejo olhos me observando e não são os teus.
Me avaliam, te afastam, nos julgam.
O que importa, o que somos, se ainda seremos o que podemos ser.
Temo pelo o que sei, mas quero que me digas o resto.
Liberta, vai, liberta o meu amor.
Liberta, mas não pense em dizer não, quando eu chamar.
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